30/01/2022

A ASTROLOGIA COMO AUXILIAR NA ARTE DE CURAR

1 - A BASE ASTROLÓGICA DA CURA

Sobre a imagem vide nota no final do artigo

É fato bem conhecido do médico moderno que o estado do sangue, e, por conseguinte, de todo o corpo, muda de acordo com o estado mental do paciente, e quanto mais o médico empregar a sugestão como auxiliar dos remédios, tanto mais êxito obterá. Todavia, são poucos os que aceitariam o fato de que tanto nosso estado mental como o físico são influenciados pelos raios planetários, que mudam com o movimento dos respectivos planetas.

Desde que foi reconhecida a existência da radioatividade, as investigações levaram a constatar que todos os corpos celestes lançam partículas radioativas no espaço. Na telegrafia sem fio demonstra-se que as ondas etéreas viajam rapidamente e seguramente através do espaço e atuando por meio do manipulador de acordo com a nossa vontade. Sabemos também que os raios do Sol nos afetam de modo diferente pela manhã, quando nos atingem horizontalmente, do que ao meio-dia, quando caem sobre nós perpendicularmente. Se os raios luminosos do Sol, que se movem rapidamente, produzem mudanças físicas e mentais, por que não teriam efeito correspondente os raios persistentes dos planetas mais lentos? Estes raios planetários têm realmente essas influências sobre a nossa saúde, constituindo um importante fator que não pode ser ignorado por nenhum cientista que se ocupe com o bem-estar do corpo humano. Por isso podemos obter resultados mais rápidos, quando os raios estelares são mais propícios para a cura de uma determinada enfermidade ou para o tratamento com remédios preparados sob condições auspiciosas.

Se os médicos estudassem a ciência da Astrologia, poderiam diagnosticar com eficiência, despendendo um esforço muito menor do que os médicos leigos nessa matéria. Alguns médicos já estão percebendo este fato e descobriram experimentalmente que os corpos celestes têm influência sobre o corpo humano. Por exemplo, quando o autor esteve em Portland, Oregon, ouviu um médico dizer que se realizasse uma operação enquanto a Lua está no crescente, isto é, entre a Lua Nova e a Lua Cheia, sempre teria êxito, não se devendo apresentar complicações. Por outro lado, quando as circunstâncias o obrigavam a realizar uma operação quando a Lua estava no minguante, isto é, entre a Lua Cheia e a Lua Nova, sempre havia perigo de complicações e as operações nunca eram tão satisfatórias como as que realizava enquanto a Lua estava no crescente.

A maneira de descobrir as peculiaridades do Espírito que habita no corpo do paciente, consiste em calcular seu horóscopo e ver quais os momentos propícios para a administração das drogas, dando as ervas adequadas no tempo devido. Paracelso fazia assim e sempre obteve êxito com seus pacientes: nunca se enganou. Hoje existem alguns que utilizam a Astrologia com esses propósitos; o autor por exemplo a está utilizando para diagnosticar em muitos casos. Sempre pode prever as crises no estado do paciente: as passadas, as presentes e as futuras, o que capacitou para aliviar as pessoas que sofriam de diversas enfermidades.

A Astrologia só deveria ser utilizada com essa finalidade e jamais ser degradada para adivinhar o futuro e ganhar dinheiro, porque, como todas as ciências espirituais, deve ser empregada somente em benefício da humanidade, sem nenhuma consideração mercenária.

Nosso sistema solar é constituído por 7 Planetas de forma aproximadamente esférica. Cada uma destas esferas tem sua própria nota-chave, emitindo um som que é diferente do som de qualquer outro corpo celeste. Um ou mais deles vibram em sincronia particular com o átomo-semente (saiba o que é) do Ego que está buscando incorporação. Este planeta corresponde à "tônica" da escala musical, e embora as notas de todos os planetas sejam necessárias para construir completamente o organismo, cada corpo se modifica e diferencia de acordo com o impacto básico dado pelo planeta mais harmonioso que se converte assim no regente dessa vida. O que acontece com a música terrestre também sucede com a celeste; há harmonias e dissonâncias e elas se imprimem no átomo-semente ajudando a formar o arquétipo. Formam-se assim linhas vibratórias de energia que mais tarde atraem e ordenam as partículas físicas como os grãos de areia se distribuem em figuras geométricas ao se passar um arco de violino pelo prato de bronze que os contém.

O corpo físico forma-se mais tarde segundo estas linhas vibratórias arquetípicas, e desta maneira vem a expressar exatamente a harmonia das esferas, tal como ressoava no período de sua construção. Este período, todavia, é mais longo do que o da gestação e varia de acordo com a complexidade da estrutura requerida pela vida que procura manifestação física. O processo de construção do arquétipo não é contínuo porque quando os aspectos dos planetas emitem sons aos quais o átomo-semente não pode responder, essas vibrações apenas passam sobre o átomo-semente ficando este à espera de um novo som que possa empregar para continuar formando o organismo no qual vai expressar-se.

Assim sendo, o organismo terrestre que cada um de nós habita é modelado de acordo com as linhas vibratórias produzidas pelo som das esferas. As dissonâncias que se manifestam como enfermidades são provocadas, em primeiro lugar, pelas desarmonias espirituais internas. É evidente também que se conseguirmos obter conhecimento exato das causas diretas dessas desarmonias e as remediarmos, as manifestações físicas da doença logo desaparecerão. Esta informação pode ser conseguida pela consulta ao horóscopo natal porque nele cada planeta em sua casa e signo exprime harmonia ou desarmonia, saúde ou enfermidade. Portanto, todos os sistemas de cura são adequados somente na medida em que se tomem em consideração as harmonias e desarmonias estelares expressas pela roda da vida: o horóscopo.

Embora as leis da Natureza normalmente governem os reinos inferiores de maneira absoluta, podem ser neutralizadas por leis espirituais quando se trata dos reinos superiores. Por exemplo, o perdão dos pecados, quando reconhecidos e confessados, com o devido arrependimento, neutraliza a ação exclusiva da Lei de Consequência, a lei que exige "olho por olho e dente por dente".

Quando Cristo utilizou o corpo de Jesus na terra e curou os enfermos, Ele, que era o Senhor do Sol, encerrava em Si a síntese das vibrações estelares, da mesma maneira que a oitava musical contém todas as tonalidades da escala, e portanto podia emitir de si mesmo a influência planetária corretiva requerida em cada caso. Ele sentia a desarmonia e sabia imediatamente como desfazê-la em virtude de Seu exaltado desenvolvimento. Não tinha necessidade de nenhum preparo prévio pois obtinha os resultados instantaneamente, substituindo a desarmonia planetária causadora da enfermidade que estava curando, pela harmonia. Só em um caso recorreu à lei superior e disse: "Levanta-te; teus pecados estão perdoados".

Sucede o mesmo com o método de cura Rosacruz pois depende do conhecimento das discordâncias planetárias que causam a enfermidade e da influência corretiva que pode remediá-la. Isto tem sido suficiente em todos os casos de que temos notícia até agora. Existe, todavia, um sistema mais poderoso que pode ser utilizado de acordo com as leis superiores, as quais podem acelerar o restabelecimento em casos muito antigos, e, em certas circunstâncias, onde exista um sincero e sentido reconhecimento de culpa, este poderá apagar os efeitos da enfermidade antes que o destino frio duro decrete o contrário.

Quando contemplamos com visão espiritual uma pessoa enferma, tenha ou não seu corpo extenuado, torna-se evidente que os veículos sutis são muito mais tênues do que durante a saúde. Por isso não transmitem ao corpo físico a quota necessária de vitalidade, e assim fica mais ou menos quebrantado. Mas qualquer que seja o estado de extenuação do resto do corpo físico, certos centros tênues mesmo quando gozamos de perfeita saúde, em grau diverso de desenvolvimento espiritual do homem ficam obstruídos em maior ou menor grau de acordo com a gravidade da enfermidade. Isto se aplica especialmente no que concerne ao centro que se encontra entre as sobrancelhas. Nesse ponto o Espírito está emparedado, às vezes a tal ponto que perde todo o contato com o mundo externo e com o seu progresso, de sorte que se concentra de tal forma sobre si mesmo e sobre o seu próprio estado que só a completa ruptura com o corpo físico pode pô-lo em liberdade. Este processo pode durar muitos anos e, nesse tempo, as discordâncias planetárias que produziram a enfermidade inicial podem ter desaparecido, mas o paciente já não está em condições de se valer dessas circunstâncias favoráveis. Nesses casos é necessária uma emissão espiritual especial, para levar à alma a mensagem de que "seus pecados foram perdoados". E uma vez que tenha ouvido essa mensagem, pode responder à ordem: "Toma o teu leito e anda".

No estado atual da humanidade ninguém alcançou, nem de Perto, a estatura espiritual do Cristo; por conseguinte,' ninguém pode exercer Seu poder nesses casos extremos, pois existe atualmente tanta necessidade desse poder em manifestação ativa, como há dois mil anos. O Espírito compenetra tudo no nosso planeta, mas em graus diferentes. Tem mais afinidade com algumas substâncias do que com outras e sendo uma emanação do Princípio Crístico, é o Espírito Universal que constitui o Mundo do Espírito de Vida, que restaura a harmonia sincrônica do corpo.

Imagem conforme relação dos tons musicais com o corpo humano ( Cap. V- Nossos Arquétipos Musicais do livro: A ESCALA MUSICAL E O ESQUEMA DE EVOLUÇÃO - Artur Taylor (baixe em PDF aqui)

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