Elman Bacher - Vol.I
Considerando a simplicidade da estrutura de um
horóscopo, não podemos deixar de nos impressionar com a profundidade de seu
simbolismo. Um centro e doze radiações limitadas por um círculo – e isso é tudo.
E ainda ele serve como uma representação do Cosmos. Nada em simbologia
representa tanto e de forma tão econômica.
A estrutura de um horóscopo simboliza a base da
manifestação de qualquer coisa – um ser humano, um evento, uma nação, ou um
sistema solar. Cada manifestação tem seu próprio padrão ou frequência
vibratória, e o simples traçado de um círculo com divisões partindo de seu
centro pode ser usado para representar o “corpo” dessa manifestação.
Consideremos um sistema solar: dizem que o Logos,
tendo selecionado uma área esférica de espaço na aurora da manifestação, verte
suas energias no centro, objetivando assim um Sol – ou centro de manifestação.
A Vontade do Logos interpenetra essa imensa esfera em toda sua extensão.
Partindo do centro – ou Sol – irradiam-se vários campos para a atividade
evolutiva.
Chamamos a estes “campos” de planetas, sendo que
cada um provê espaço para o desenvolvimento de vários tipos de seres. Cada
planeta está em relação com o Criador tanto quanto cada cor está em relação com
o Princípio da Luz ou cada tom está relacionado ao Princípio do Som. O Sol,
como corpo central, é a Vontade do Logos objetivada, e os corpos do sistema são
as expressões dessa Vontade em manifestação.
O horóscopo como um mapa dos céus, deveria mostrar
o Sol no centro. Contudo, em relação à Terra, que é nosso campo de evolução, e
para propósitos astrológicos, consideramos o Sol como fazendo parte da família
dos planetas, porque em termos humanos, a expressão da Vontade ainda está em
desenvolvimento pelos processos evolutivos. A humanidade, em sua maior parte,
vive em seus negativos, seus sentimentos, medos e desejos.
Consequentemente, a dominação pela experiência é
inevitável. Viver na “consciência solar” deve implicar uma completa identidade
com a Fonte, completo desapego das exigências do sentimento, completo controle
e direção de todas as faculdades expressas pelo ser humano. Isto, em outros
termos, é Maestria. Em outras palavras um mestre, mesmo encarnado, determina
suas experiências pela irradiação do seu próprio centro, não pela resposta aos
impulsos e tendências dos seus planetas. Ele então, na medida do possível é
verdadeiramente um criador – ele vive em sua consciência solar.
Mesmo do ponto de vista da mais mundana abordagem à
astrologia, usa-se o mesmo traçado. O local do nascimento é o centro do qual se
irradiam as várias experiências da vida em termos de pessoas, lugares e coisas.
O mesmo traçado é usado para representar o “Ego objetivado”; o Eu Superior – ou
o “Deus em potencial” é o centro do círculo, e os diversos estados ou
expressões dessa potencialidade são as posições e aspectos planetários. Deste
modo o horóscopo é visto, seja qual for sua aplicação, como o símbolo de uma
manifestação de Deus.
Uma vez que o Sol representa o mais elevado estado
de consciência conhecido pelo ser humano, o princípio envolvido é o Poder – o
primeiro aspecto do Logos. Como astro-analistas, devemos prestar muita atenção
aos aspectos do Sol no horóscopo, uma vez que estes representam os “graus de
consciência de Deus” que a pessoa alcançou até aqui em seu atual ciclo de
desenvolvimento. Cada aspecto benéfico do Sol que indique uma aplicação
harmoniosa ou construtiva do princípio de Poder é uma redenção. E cada aspecto
maléfico é visto, portanto como um obstáculo ou perversão do Poder.
O Sol é a síntese de todos os planetas, de modo que
qualquer planeta identificado com o Sol por aspecto, disposição, etc., ganha,
por conseguinte, em poder e esfera de expressão, quer espiritual ou
mundanamente. Os planetas, especialmente os dinâmicos, posicionados em Leão,
indicam que sua expressão construtiva deve basear-se no uso correto do poder;
as aflições indicam tendências para pervertê-lo.
Relacionando com os Ensinamentos de Max Heindel:
"...Quando o Cristo utilizou o corpo de Jesus na Terra e curou os enfermos, Ele, sendo Senhor do Sol, incorporava dentro de Si a síntese das vibrações estelares, assim como a oitava contém todos os tons da escala. Assim, Ele podia emitir a verdadeira influência planetária corretiva para cada caso". (Max Heindel em Princípios Ocultos de Saúde e Cura, Cap. XI - A Astrologia como Auxiliar na Arte de Curar.)
Nota: Os grifos em ambos textos são de Rosacruz e Devoção
Relacionando com os Ensinamentos de Max Heindel:
"...Quando o Cristo utilizou o corpo de Jesus na Terra e curou os enfermos, Ele, sendo Senhor do Sol, incorporava dentro de Si a síntese das vibrações estelares, assim como a oitava contém todos os tons da escala. Assim, Ele podia emitir a verdadeira influência planetária corretiva para cada caso". (Max Heindel em Princípios Ocultos de Saúde e Cura, Cap. XI - A Astrologia como Auxiliar na Arte de Curar.)
Nota: Os grifos em ambos textos são de Rosacruz e Devoção
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