O escritor russo
Dostoievski (1.821-1.881) finaliza seu livro “Noites Brancas” com uma pergunta:
“Meu Deus! Um momento de felicidade! Sim! Não seria
isso o bastante para preencher uma vida?”
Nastenka, uma das
personagens, é a responsável pelo famoso autor citar a indagação nesta magistral
obra literária.
Ei-la, numa
ilustração do pintor – também russo - nascido em 1.930, Ilya Glazunov, feita
para o citado livro de Dostoievski, e que se encontra na Galeria da Arte de
Moscou.
Vemos Nastenka, o
rio Neva e a cidade de São Petersburgo na Rússia, palco do enredo.
Inexiste – com
certeza – ser humano que não tenha por várias vezes no decurso de sua vida,
sentido alegrias, por mais difícil e atribulada que tenha sido sua existência.
Quando não
reconhecemos que somos “chispas da chama de
Deus”, nos afastamos das alegrias e da identidade de Seres de Luz que somos, pois, a chispa desta chama possui os
atributos:
* Da luz * Do calor *Do movimento para cima
Todos nossos atos,
reação que vivenciamos, expressão emocional e todo pensamento que sustentamos,
possui uma qualificação vibratória particular e isto tudo pode ser sublimado em
oitavas superiores de júbilo e alegrias.
Isto ocorre quando
efetuamos um processo de “Cristificação”
em nosso pensar, falar e agir.
Nenhum
ser humano está excluído de viver alegremente
(Elman Bacher).
Mas, as alegrias
que sentimos – no mais íntimo de nosso
ser - são todas exatamente da mesma natureza e essência?
A astrologia
rosacruciana diz que não!
Determinadas
alegrias que vivenciamos estão relacionadas com Hierarquias Zodiacais e Planetárias,
possuindo assim nuances estelares.
O signo de Léo, o
Sol, e a 5ª Casa Zodiacal, podem ser considerados como os arquétipos da
consciência da alegria.
Uma pessoa de
coração verdadeiramente alegre; age assim, pois está consciente - até certo
ponto - do alcance da abundância da Luz de nosso Pai Solar que é a fonte de
tudo o que somos, temos, ou podemos alcançar em nossa vida (leia o Conceito Rosacruz do Cosmos - Capítulo XI –
Gênese e evolução do nosso Sistema Solar - subtítulo Nascimento dos planetas).
Consideremos – ainda que resumidamente - algumas
expressões de alegrias, e sua relação com Hierarquias Planetárias e Zodiacais.
*Áries/Marte:- A alegria que expressamos
na ação do servir, na renovação diária de nosso comportamento, no “Eis que faço
novas todas as coisas”, a começar pelo nosso interior. No embate entre nosso Eu
Superior e Eu Inferior.
*Tauro/Vênus:- A identificação com a
natureza (expressão simbólica de Deus, conforme ”Interpretação Mística da
Páscoa”, de Max Heindel) nos traz alegrias imensas, principalmente com a terra,
elemento Taurino. A 6ª Sinfonia (Pastoral) de Beethoven, musicalmente nos
transmite isso.
*Gemini/Mercúrio – A educação, estudos,
raciocínio etc. Cristificados. O
Intercambio de toda forma de comunicação - unidos por uma fraternidade –
resulta em profundas alegrias.
*Câncer/Lua:- A alegria de exercer a
maternidade, consciente que um novo ego adentrará na escola da vida. A renúncia
de si mesmo para “nutrir” o
semelhante.
*Léo/Sol:– O júbilo na sua forma pura,
sem mesclas. Amar a humanidade sem esperar algo em troca.
*Virgo/Mercúrio:– O que aprendemos,
canalizado para o trabalho. O não acumulo interno do que sabemos, e sim o seu
compartilhamento em servir, produz júbilo íntimo de quem assim procede.
*Libra/Vênus:– A Casa 01 de um horóscopo
representa o EU, a aposta, Casa 07
indica o VOCÊ. Unidas resultam no NÓS. Somos – todos – pertencentes à Onda
de Vida dos Espíritos Virginais. O regozijo que isto representa, quando tomamos
consciência desta maravilhosa família.
*Escorpião/Plutão:– Sem amor, o ato
gerador é uma compulsão frenética concentrada em si mesmo. Contudo com a
expressão do amor e da observância das Leis Cósmicas, converte-se numa alegria
transcendente: a sublime vida gerando vida sublime. Podemos fazer uma analogia
sobre isso: ela representa uma pessoa sendo o Sacerdote e a Missa ao mesmo
tempo, em sua vida. A celebração Cósmica.
*Sagitário/Júpiter:– A alegria de
Gemini/Mercúrio, representa o estudante que é ensinado e amado. Mas aqui, está
consciente do professor que ensina e ama alegre e abundantemente (palavra jupteriana).
*Capricórnio/Saturno:– As alegrias que o
pai sente em relação a seus filhos, e a consciência do Redentor em oitavas superiores. O júbilo silencioso e legitimo das
responsabilidades colocadas no dia a dia.
*Aquário/Urano:– A incomensurável alegria
de perceber a alma em outra pessoa. Não mais o amor de corpo para corpo, mas o
amor em essência divina, não estando – absolutamente – relacionado a nada
físico.
*Piscis/Netuno:– As preces, orações, ofícios devocionais, etc.
sendo traduzidas em serviço alegre e abnegado à humanidade. A alegria do “respirar” de nosso Eu Superior. O
regozijo da fé – alegremente - revitaliza nossos níveis de consciência.
As (restritas) Reuniões de Probacionistas ativos,
realizadas pela Fraternidade Rosacruz,
possuíam uma frequência de 30 a 35 pessoas. Lembro-me de um comentário do irmão
Fouad Sahão, após uma destas reuniões, há muito tempo:
***Uma pessoa
forma-se em uma Faculdade de Teologia. Ela está com seu lugar assegurado no
Céu? NÃO.
***Com o referido
diploma, consegue alcançar a iluminação e a sabedoria? NÃO.
***A graduação
acadêmica teológica, define e determina uma espiritualização Crística? NÃO.
***Este princípio
aplica-se também a Fraternidade Rosacruz.
Apenas concluirmos seus cursos (aqui, no caso o Curso de Astrologia), e não o colocarmos em prática, não avançaremos um milímetro em termos de avanço
espiritual.
E conclui, citando
Max Heindel (Coletâneas de um Místico, capítulo XVII):
Coletâneas de Um Místico - Capítulo XVII (clique aqui) |
Ainda sobre as
alegrias;
A Carta aos Filipenses (Novo Testamento) foi
escrita por Paulo, aproximadamente em 60 DC, e é chamada também de Carta da Alegria por alguns teólogos, pois esta palavra (ou sinônimo) está
registrada em vários capítulos. Um exemplo:
“Alegrai-vos sempre no Senhor! Repito
alegrai-vos”.(Filipenses 04:04)
Aqui, “SENHOR”, devemos entender como o nosso Eu Superior.
Procuremos estas
alegrias. Pratiquemos estas alegrias.
*********De um
ciclo de palestras, baseada em Elman Bacher, realizada na Biblioteca Municipal
da cidade de São Caetano do Sul (SP - Brasil), em julho de 1.985, por ocasião
do 120º aniversário de nascimento de Max Heindel.
Expandindo alegrias... as vezes presas em nosso intimo por não sabermos o quanto são grandiosas, profundas e belas.
ResponderExcluirOlá irmã Edna! Grata por participar! Falando em alegrias e beleza, breve postarei algum poema seu. Meu abraço fraterno.
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