Extraido do original: Zodiacal Hierarchies deThomas G. Hansen, publicado na revista Rays from the Rose Cross da The Rosicrucian Fellowship, no período de
abril de
1980 a março de 1981. Tradução da revista Serviço Rosacruz
É evidente, através de toda informação disponível,
a afinidade de Plutão com Escorpião. É atribuído á Plutão uma dupla
personalidade: primeiro como a fonte de todos os tesouros e riqueza do mundo
(ele era o regente do universo físico); segundo, como monarca dos reinos mortos
habitados pelas sombras invisíveis dos mortos (Hades).
Plutão era visto como uma divindade benevolente e
um verdadeiro amigo do homem devido ao seu poder de dar fertilidade à
vegetação, de fazer germinar a semente nos sulcos, de nutrir a terra (Escorpião
é um fecundo signo da água) e de produzir tesouros de metais preciosos. Havia,
também, um lado severo em seu caráter: o deus implacável, inflexível, que não podia ser persuadido por dádivas ou
sacrifícios, a permitir a volta de alguém que já tivesse passado por seu
portão. Por esta razão, morte e prisão perpétua no mundo inferior eram vistas
como destino funesto e inevitável a espera de todos os homens. Os meios de
conforto e prazer na vida também se originaram com Plutão. Quando o lado
benevolente de sua natureza foi levado em consideração, a esperança de uma
futura vida feliz tornou-se possível.
Plutão corresponde ao Ego ou ao espírito encarnado
do homem.
O deus da morte era o guardião dos mistérios da
vida. A morte é o último inimigo a ser vencido, daí a morte se situar no limite
entre mortalidade e imortalidade. A "morte" simbólica dos Mistérios
foi a grande porta da Iniciação. Plutão será encontrado continuamente expressando
esta qualidade: destruir o velho e dar lugar ao novo.
A medida que a sabedoria se firma na Terra, a
influência de Plutão se manifestará em grau muito maior. Um conhecimento da
natureza de Plutão se ampliará, com o despertar do homem, para realidades espirituais.
Escorpião, casa da Iniciação, é o Caminho da Regeneração.
Plutão, Senhor do Sub-Mundo, guarda as portas dos
mundos inferiores através dos quais o espírito do homem caminha no ciclo do renascimento,
em sua eterna procura da verdade. Nas profundezas escondidas habita o homem
animal que procura destruir o Ego embaraçado no labirinto (destino maduro) da
ignorância terrena. Assim, Plutão se torna o adversário que testa aqueles que
procuram união com os imortais.
O aspirante precisa passar por todos estes testes
antes que possa merecer as glórias do futuro — libertação das condições
materiais e morte e liberdade da roda do renascimento.
A libertação dos efeitos dos raios de Plutão é
encontrada seguindo-se os caminhos gêmeos da Intuição e da Razão à procura do
Espírito perdido. A mais séria função de Mercúrio (criado e mensageiro dos deuses)
era conduzir os Espíritos do morto para baixo, nos caminhos escuros, através
dos portões do Sol (Câncer e Capricórnio) e da terra dos sonhos, até os reinos
escuros de Hades, onde habitavam as almas e os espectros dos homens.
Para alcançar e compreender Plutão precisamos livrar-nos
dos medos e dos preconceitos. Precisamos olhar para o futuro e entrar neste
reino com objetivos puros e com o Espírito limpo e regenerado.
Passar neste teste é qualificar-nos e tentar
associar-nos com Aqueles mais avançados e cheios de graça que progrediram em
sabedoria e luz e que tornaram o caminho do homem mais claro.
Dentro de Plutão estão a força do universo e também
as três expressões destrutivas da energia universal: a perversão mental, moral
e física. A purificação e a perpetuação desta força criativa resultam na
regeneração do corpo, na iluminação da mente e na transmutação das emoções.
Através de Plutão somos confrontados com nosso
passado e nossas limitações. Aspectos de Plutão no horóscopo forçam atividade
em nossas vidas. Plutão não é proeminente em influências de natureza individual
e pessoal; refere-se, particularmente, à atividade que demonstre ou que tenha
sido motivada através da consciência geral do todo. Plutão purifica a alma
depois da “morte”.
Plutão nos dirige para cima e nos leva às alturas para
o mundo inteligível. Plutão governa a morte ou a cessação de velhas idéias ou
emoções. Plutão influencia e governa amplamente o submundo, as atividades sub-conscientes
e aquelas atividades que lidam com o reparo diário, a renovação, a purificação,
a regeneração e a perpetuação do corpo.
As quadraturas de Plutão conferem uma inabilidade
para cooperar, principalmente em trabalhos com grupos grandes e em assuntos que
afetam grande parte da humanidade. Quadraturas podem, também, se referir à pontos-de-vista
irreconciliáveis e à coisas que devem ser suportadas ao invés de curadas."
Plutão exerce uma força fermentadora dominante nas vidas daqueles que reagem â
sua influência”. A ação, geralmente de caráter purificador, é certa. Portanto,
a influência de Plutão é para ser notada, especialmente nas vidas dos
indivíduos onde novos modelos demandam a remoção de obstáculos resultantes de
ação passada.
A ascensão de Escorpião ou o Sol em Escorpião não
indica Plutão como o governante do mapa, a menos que o indivíduo em questão seja
capaz de subir muito acima das alturas do progresso do homem atual.
Até que reconheçamos a força da divindade em nós,
Plutão continuará a elevar, separar e transformar modelos antigos em novos.
À medida que Escorpião se levanta da Terra (geração),
ele se eleva para os céus e voa como uma Águia (regeneração) embora ele também
tenha rastejado como uma serpente (degeneração).
O caminho regenerado é um caminho árduo, mas é pela regeneração que se chega à purificação. O objetivo: a Iniciação.
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