1 - A BASE ASTROLÓGICA DA CURA
É fato bem conhecido do médico moderno que o estado
do sangue, e, por conseguinte, de todo o corpo, muda de acordo com o estado
mental do paciente, e quanto mais o médico empregar a sugestão como auxiliar
dos remédios, tanto mais êxito obterá. Todavia, são poucos os que aceitariam o
fato de que tanto nosso estado mental como o físico são influenciados pelos
raios planetários, que mudam com o movimento dos respectivos planetas.
Desde que foi reconhecida a existência da
radioatividade, as investigações levaram a constatar que todos os corpos
celestes lançam partículas radioativas no espaço. Na telegrafia sem fio
demonstra-se que as ondas etéreas viajam rapidamente e seguramente através do
espaço e atuando por meio do manipulador de acordo com a nossa vontade. Sabemos
também que os raios do Sol nos afetam de modo diferente pela manhã, quando nos
atingem horizontalmente, do que ao meio-dia, quando caem sobre nós
perpendicularmente. Se os raios luminosos do Sol, que se movem rapidamente,
produzem mudanças físicas e mentais, por que não teriam efeito correspondente
os raios persistentes dos planetas mais lentos? Estes raios planetários têm
realmente essas influências sobre a nossa saúde, constituindo um importante
fator que não pode ser ignorado por nenhum cientista que se ocupe com o
bem-estar do corpo humano. Por isso podemos obter resultados mais rápidos,
quando os raios estelares são mais propícios para a cura de uma determinada
enfermidade ou para o tratamento com remédios preparados sob condições auspiciosas.
Se os médicos estudassem a ciência da Astrologia,
poderiam diagnosticar com eficiência, despendendo um esforço muito menor do que
os médicos leigos nessa matéria. Alguns médicos já estão percebendo este fato e
descobriram experimentalmente que os corpos celestes têm influência sobre o
corpo humano. Por exemplo, quando o autor esteve em Portland, Oregon, ouviu um
médico dizer que se realizasse uma operação enquanto a Lua está no crescente,
isto é, entre a Lua Nova e a Lua Cheia, sempre teria êxito, não se devendo
apresentar complicações. Por outro lado, quando as circunstâncias o obrigavam a
realizar uma operação quando a Lua estava no minguante, isto é, entre a Lua
Cheia e a Lua Nova, sempre havia perigo de complicações e as operações nunca
eram tão satisfatórias como as que realizava enquanto a Lua estava no
crescente.
A maneira de descobrir as peculiaridades do
Espírito que habita no corpo do paciente, consiste em calcular seu horóscopo e
ver quais os momentos propícios para a administração das drogas, dando as ervas
adequadas no tempo devido. Paracelso fazia assim e sempre obteve êxito com seus
pacientes: nunca se enganou. Hoje existem alguns que utilizam a Astrologia com
esses propósitos; o autor por exemplo a está utilizando para diagnosticar em muitos
casos. Sempre pode prever as crises no estado do paciente: as passadas, as
presentes e as futuras, o que capacitou para aliviar as pessoas que sofriam de
diversas enfermidades.
A Astrologia só deveria ser utilizada com essa
finalidade e jamais ser degradada para adivinhar o futuro e ganhar dinheiro,
porque, como todas as ciências espirituais, deve ser empregada somente em
benefício da humanidade, sem nenhuma consideração mercenária.
Nosso sistema solar é constituído por 7 Planetas de
forma aproximadamente esférica. Cada uma destas esferas tem sua própria
nota-chave, emitindo um som que é diferente do som de qualquer outro corpo
celeste. Um ou mais deles vibram em sincronia particular com o átomo-semente (saiba o que é) do
Ego que está buscando incorporação. Este planeta corresponde à
"tônica" da escala musical, e embora as notas de todos os planetas
sejam necessárias para construir completamente o organismo, cada corpo se
modifica e diferencia de acordo com o impacto básico dado pelo planeta mais
harmonioso que se converte assim no regente dessa vida. O que acontece com a
música terrestre também sucede com a celeste; há harmonias e dissonâncias e
elas se imprimem no átomo-semente ajudando a formar o arquétipo. Formam-se
assim linhas vibratórias de energia que mais tarde atraem e ordenam as
partículas físicas como os grãos de areia se distribuem em figuras geométricas
ao se passar um arco de violino pelo prato de bronze que os contém.
O corpo físico forma-se mais tarde segundo estas
linhas vibratórias arquetípicas, e desta maneira vem a expressar exatamente a
harmonia das esferas, tal como ressoava no período de sua construção. Este
período, todavia, é mais longo do que o da gestação e varia de acordo com a
complexidade da estrutura requerida pela vida que procura manifestação física.
O processo de construção do arquétipo não é contínuo porque quando os aspectos
dos planetas emitem sons aos quais o átomo-semente não pode responder, essas
vibrações apenas passam sobre o átomo-semente ficando este à espera de um novo
som que possa empregar para continuar formando o organismo no qual vai
expressar-se.
Assim sendo, o organismo terrestre que cada um de
nós habita é modelado de acordo com as linhas vibratórias produzidas pelo som
das esferas. As dissonâncias que se manifestam como enfermidades são
provocadas, em primeiro lugar, pelas desarmonias espirituais internas. É
evidente também que se conseguirmos obter conhecimento exato das causas diretas
dessas desarmonias e as remediarmos, as manifestações físicas da doença logo
desaparecerão. Esta informação pode ser conseguida pela consulta ao horóscopo
natal porque nele cada planeta em sua casa e signo exprime harmonia ou
desarmonia, saúde ou enfermidade. Portanto, todos os sistemas de cura são
adequados somente na medida em que se tomem em consideração as harmonias e
desarmonias estelares expressas pela roda da vida: o horóscopo.
Embora as leis da Natureza normalmente governem os
reinos inferiores de maneira absoluta, podem ser neutralizadas por leis
espirituais quando se trata dos reinos superiores. Por exemplo, o perdão dos
pecados, quando reconhecidos e confessados, com o devido arrependimento,
neutraliza a ação exclusiva da Lei de Consequência, a lei que exige "olho
por olho e dente por dente".
Quando Cristo utilizou o corpo de Jesus na terra e
curou os enfermos, Ele, que era o Senhor do Sol, encerrava em Si a síntese das
vibrações estelares, da mesma maneira que a oitava musical contém todas as
tonalidades da escala, e portanto podia emitir de si mesmo a influência
planetária corretiva requerida em cada caso. Ele sentia a desarmonia e sabia
imediatamente como desfazê-la em virtude de Seu exaltado desenvolvimento. Não
tinha necessidade de nenhum preparo prévio pois obtinha os resultados
instantaneamente, substituindo a desarmonia planetária causadora da enfermidade
que estava curando, pela harmonia. Só em um caso recorreu à lei superior e
disse: "Levanta-te; teus pecados estão perdoados".
Sucede o mesmo com o método de cura Rosacruz pois
depende do conhecimento das discordâncias planetárias que causam a enfermidade
e da influência corretiva que pode remediá-la. Isto tem sido suficiente em
todos os casos de que temos notícia até agora. Existe, todavia, um sistema mais
poderoso que pode ser utilizado de acordo com as leis superiores, as quais
podem acelerar o restabelecimento em casos muito antigos, e, em certas
circunstâncias, onde exista um sincero e sentido reconhecimento de culpa, este
poderá apagar os efeitos da enfermidade antes que o destino frio duro decrete o
contrário.
Quando contemplamos com visão espiritual uma pessoa
enferma, tenha ou não seu corpo extenuado, torna-se evidente que os veículos
sutis são muito mais tênues do que durante a saúde. Por isso não transmitem ao
corpo físico a quota necessária de vitalidade, e assim fica mais ou menos
quebrantado. Mas qualquer que seja o estado de extenuação do resto do corpo
físico, certos centros tênues mesmo quando gozamos de perfeita saúde, em grau
diverso de desenvolvimento espiritual do homem ficam obstruídos em maior ou menor
grau de acordo com a gravidade da enfermidade. Isto se aplica especialmente no
que concerne ao centro que se encontra entre as sobrancelhas. Nesse ponto o
Espírito está emparedado, às vezes a tal ponto que perde todo o contato com o
mundo externo e com o seu progresso, de sorte que se concentra de tal forma
sobre si mesmo e sobre o seu próprio estado que só a completa ruptura com o
corpo físico pode pô-lo em liberdade. Este processo pode durar muitos anos e,
nesse tempo, as discordâncias planetárias que produziram a enfermidade inicial
podem ter desaparecido, mas o paciente já não está em condições de se valer
dessas circunstâncias favoráveis. Nesses casos é necessária uma emissão
espiritual especial, para levar à alma a mensagem de que "seus pecados
foram perdoados". E uma vez que tenha ouvido essa mensagem, pode responder
à ordem: "Toma o teu leito e anda".
No estado atual da humanidade ninguém alcançou, nem
de Perto, a estatura espiritual do Cristo; por conseguinte,' ninguém pode
exercer Seu poder nesses casos extremos, pois existe atualmente tanta
necessidade desse poder em manifestação ativa, como há dois mil anos. O
Espírito compenetra tudo no nosso planeta, mas em graus diferentes. Tem mais
afinidade com algumas substâncias do que com outras e sendo uma emanação do
Princípio Crístico, é o Espírito Universal que constitui o Mundo do Espírito de
Vida, que restaura a harmonia sincrônica do corpo.
Imagem conforme relação dos tons musicais com o corpo humano ( Cap. V- Nossos Arquétipos Musicais do livro: A ESCALA MUSICAL E O ESQUEMA DE EVOLUÇÃO - Artur Taylor (baixe em PDF aqui)
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