por Jonas Taucci
Muitos estudantes perguntam-nos sobre a Roda da Fortuna, e esperamos que
este artigo possa conter subsídios para uma melhor compreensão sobre este
assunto.
Iniciemos refletindo sobre o
que Max Heindel nos disse num folheto, intitulado “O Arco
na Nuvem”, no qual o arco-íris inaugurou
uma nova fase (Época Ariana) da evolução espiritual da humanidade.
Em Gênesis lemos: “disse Deus; este é o sinal do concerto que
ponho entre mim em vós, e entre toda a alma vivente, que está convosco, por
gerações eternas. O meu arco tenho posto nas nuvens, este será por sinal do
concerto entre mim e a terra” – (Gênesis 9:12 –13).
De posse destas duas fontes,
vale ressaltar que a Roda da Fortuna – de acordo com várias interpretações e
estudos astrológicos – não deve apenas ser interpretada como aquisição de bens
materiais (2ª Casa Zodiacal e o Signo de Tauro).
É interessante e significativo
lembrar também que determinados mitos nos informam que ao final do arco-íris
(Época Ariana) encontramos um Pote de Ouro (a Roda da Fortuna).
A Roda da Fortuna em nosso
horóscopo é uma “bússola“ para encontrarmos o equilíbrio necessário para que
nosso Cristo Interno possa nascer. E um destes equilíbrios pode ser adquirido
através de sabiamente utilizarmos nossos bens materiais em auxílio de nossos
semelhantes.
Em “Iniciação
Antiga e Moderna”, capítulo II - O Lavabo de Bronze - nos é dito que
“...pode conservar suas posses materiais,
usando-as com fé e sabedoria, como um sagrado depósito que lhe é confiado...”
Eis um belo resumo do que
constitui-se a Roda da Fortuna !
A Roda da Fortuna não é um
planeta, sendo sua posição num horóscopo, determinada pelo Sol, Lua e signo
Ascendente.
A diferença - em graus - entre
o Sol (Espírito ) e a Lua (Alma) deve ser exatamente igual a diferença – também
em graus - entre o Ascendente (Eu) e a Roda da Fortuna (sublimação do Espírito
Humano, o Pote Dourado contido na Arca, situada no mais ocidental extremo do
Tabernáculo do Deserto).
Abaixo veremos – ainda que
resumidamente – a interpretação da Roda da Fortuna nas casas e signos.
Fica aqui nossa sugestão, para
nossos estudantes usarem a intuição para um aprofundamento maior, bem como a
interpretação dos aspectos da Roda da Fortuna com os planetas.
Repetimos que, uma das formas
de analisarmos o que representa a Roda da Fortuna em nosso horóscopo, pode ser
entendido também como o uso que fazemos de nossos bens materiais para o auxílio
amoroso e desinteressado do próximo, sempre utilizando-se do discernimento.
As interpretações abaixo são
preceitos a serem assimilados.
Na 1ª Casa ou em ^Áries: Aqui devemos entender nossos bens materiais como
algo temporário, pois nada levaremos (fisicamente) quando deixarmos este plano.
O desprendimento material, a não identificação com os bens materiais é a
lição. Mateus 19:16.
Na 2ª Casa ou em _Touro: O excesso do “eu
tenho” pode gerar orgulho. A
humildade deve ser compreendida (e aplicada) em sua essência.
Na 3ª Casa ou em `Gêmeos: A razão deve – gradualmente – estar em equilíbrio
com o coração, em termos de utilizar as posses para o auxílio aos demais.
Na 4ª Casa ou em aCâncer: O auxílio aos nossos semelhantes deve iniciar-se
no local de mais difícil prática: nosso lar. Somente depois, expandir-se para
outros segmentos.
Na 5ª Casa ou em bLeão: O orgulho e a soberba devem ser transmutados em
humildade, à exemplo de Áries, outro signo ígneo, mas aqui a ostentação
financeira pode causar problemas na elevação espiritual de forma acentuada.
Na 6ª Casa ou em cVirgem: Evidentemente que, de nosso trabalho honesto –
suor de nosso rosto - devemos obter nosso sustento. Porém não unicamente para
nós, e sim para nosso semelhante, com discernimento.
Na 7ª Casa ou em dLibra: Servir (materialmente) nosso semelhante, requer
um equilíbrio entre mente e coração, caso contrário, podemos cair em
radicalismos.
Na 8ª Casa ou em eEscorpião: Quando prestamos auxílio a nossos irmãos, de uma
forma material, estamos acumulando tesouro no céu, onde o ladrão não rouba, nem
a traça corrói. Elevamo-nos espiritualmente.
Na 9ª Casa ou em fSagitário: O ser “mão
aberta”, não significa possuir um coração nobre. Quando damos algo material
- auxiliando alguém, nosso sentimento amoroso deve acompanhar este auxilio
material.
Na 10ª Casa ou em gCapricórnio: A avareza e o acúmulo exagerado de posses
materiais, não sendo canalizado para o bem estar de outras pessoas, paralisa
nosso desenvolvimento espiritual. Uma cristalização.
Na 11ª Casa ou em hAquário: Assim como no símbolo de Aquário (um homem
derramando o Éter Crístico), devemos “derramar”,
amorosamente nosso auxílio material para a humanidade.
Na 12ª Casa ou em iPeixes: Muitas pessoas, queixam-se de não estarem em
condições de prestar auxílio material
para um irmão. Ninguém é tão rico que nada possa receber, nem tão pobre que
nada possa dar.
De uma palestra realizada na Fraternidade Rosacruz –
Sede Central do Brasil
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